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IMPREVISÍVEL
No ‘susto’, pai faz parto e bebê nasce em casa

Uma das obras mais conhecidas composta Beethoven é a peça ‘Para Elisa’ (Für Elise). Nesta semana, no entanto, outra Elisa tornou-se muito popular, mas especificamente no Residencial Quinta Ranieri Gold, em Bauru. Com 3,450 quilos e 50 centímetros, a recém-nascida veio ao mundo literalmente pelas mãos do pai, o personal Aldemir de Almeida Rios Júnior que, de forma imprevisível, fez o parto da filha, no apartamento onde mora com a esposa Danielle e a primogênita Isabela, de um ano e meio.

Nem ele, nem a mãe, nem ninguém na família se esquecerão desta história, que inclusive transformou os vizinhos em espectadores, na noite da última quinta-feira (20). Tudo começou às 18h40, quando Aldemir recebeu uma ligação da mulher, dizendo que já sentia as dores do parto. Ele estava trabalhando e daria aulas até as 20h. Combinaram, então, que a Danielle lhe informaria sobre as contrações por WhatsApp.

Ela e o marido planejaram novamente um parto normal, assim como o de Isabela, cujo nascimento contou com o apoio de uma doula. Da primeira vez, as dores começaram às 19h e seguiram até as 16h. Por conta da experiência anterior, Aldemir, então, manteve a tranquilidade. Saiu do trabalho e ainda passou na farmácia para comprar um óleo com o objetivo massagear a esposa assim que chegasse em casa, onde ela estava sozinha com a filha mais velha.

Quando entrou no apartamento, foi recebido pela pequena. Danielle estava no quarto com muitas dores nas costas. Para ajudá-la, pediu que ela sentasse em uma bola de pilates e foi atender a porta: seu tio, enfermeiro pediátrico, foi visitá-los junto com a esposa e as filhas. Como o personal já havia ligado para a obstetra, que os orientou a seguirem para o hospital, pediu, então, ao tio, que comprasse um lanche ao casal em uma feirinha que ocorria no prédio, naquele dia.

Enquanto isso, o casal foi tomar banho. “Levei a bola para o box. A água quente nas costas poderia aliviar a dor”, contou Aldemir, que trancou a porta do banheiro. Quase que imediatamente, ele ouviu um grito de Danielle, que se levantou. A cabecinha de Elisa já coroava, mas ele preferiu não comentar para não assustá-la. “Tentei acalmá-la. Disse que daria tudo certo. A Dani disse que estava com muita vontade de fazer força e disse que ela poderia fazer. Deus me deu muita calma”, relembra. Entre uma contração e outra, assim que a esposa aliviou a pressão que fazia em suas mãos, ele conseguiu abrir a porta do banheiro e gritou para a tia chamar o tio, pois o bebê estava nascendo.

Apesar da correria e dos gritos da tia na feirininha de que o bebê estava nascendo, Elisa não esperou. A cabecinha já estava toda para fora. “Coincidentemente, a Dani tinha visto um vídeo naquela semana (que apareceu nas redes sociais). Ela me orientou a não puxar a cabecinha. Então, coloquei a mão e senti as costinhas do bebê. Quando senti segurança e ela fez força, puxei”, explica.

Na hora em que o tio chegou, mãe, pai e bebê estavam no banheiro, onde Isabela viu a irmãzinha pela primeira vez. Depois, Danielle foi para a cama. Sem nada esterilizado para cortar o cordão umbilical, aguardaram a chegada do Samu.

Ao sair de casa na maca, a mãe foi aplaudida pelos vizinhos, que aguardavam o desfecho do parto. Neste sábado (22), depois da alta médica, ela voltou para casa com o marido e a caçula, também protagonistas desta história feliz.

Via JCnet

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