A Polícia Civil de Leme está investigando a morte de um jovem de 21 anos durante uma abordagem policial na noite da última quinta-feira (08/12).
O boletim de ocorrência aponta que Tiago dos Santos Pereira sofreu uma convulsão, mas familiares afirmam que receberam denúncias de uma suposta agressão. O caso foi registrado como morte suspeita e um laudo do IML deve sair em 30 dias.
Segundo informações do B.O., Tiago estava em um grupo de indivíduos em posse de entorpecentes que foram avistados durante patrulhamento da Polícia Militar. Ao perceberem a aproximação da viatura, os suspeitos teriam fugido e houve perseguição. Tiago acabou sendo detido e com ele foram localizados pinos de cocaína, duas pedras de crack e uma quantia em dinheiro.
Ainda de acordo com o B.O, enquanto os policiais finalizavam a abordagem, o jovem começou a passar mal, aparentando estar sofrendo uma convulsão. Os policiais acionaram o Corpo de Bombeiros que realizaram o atendimento médico e o encaminharam à Santa Casa de Leme, onde foi constatado o óbito.
O Corpo de Bombeiros de Leme confirmou que uma equipe foi chamada, mas não deu detalhes sobre o atendimento.
O que diz a PM
Segundo a 4ª Cia da PM, a equipe policial realizava o policiamento no local, conhecido como ponto de venda de drogas e, com a aproximação da viatura, vários indivíduos saíram correndo. A guarnição saiu no encalço de um deles, que foi abordado.
Após a abordagem, Tiago foi colocado sentado e relatou aos policiais que não estava bem, pois havia usado muita droga. Foi jogado água no seu rosto, na tentativa de uma melhora, porém sem êxito. De pronto foi solicitado apoio da Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros e iniciado por parte dos militares a reanimação cardiopulmonar (RCP), até a chegada do socorro especializado.
Ainda de acordo com a PM, equipe dos Bombeiros realizou os procedimentos em Tiago, socorrendo-o até a Santa Casa de Leme, onde foi atendido pela equipe médica que informou que ele já deu entrada em óbito no hospital. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal e o laudo está sendo aguardado.
Segundo a PM, Tiago não tinha antecedentes criminais. A seção de Polícia Judiciária Militar Disciplinar da 4ª Cia PM do 36º BPMI está apurando o caso. Os policiais militares foram ouvidos e continuam em suas atividades ordinárias.
Família contesta versão
A família de Tiago contesta a versão do Boletim de Ocorrência. Segundo Diego dos Santos Pereira, de 27 anos, por volta das 23 horas, amigos vieram até sua casa alertar que policiais estariam batendo em seu irmão em uma rua próxima.
Ao chegar no local, Diego conta que não encontrou nem seu irmão nem os policiais e foi até a delegacia, onde soube da morte de Tiago. Segundo os atendentes da delegacia, ele teria caído quando estava fugindo dos policiais e morrido, possivelmente de infarto.
Mais tarde, os policiais que realizaram a abordagem falaram com Diego, dizendo que haviam conseguido abordá-lo, mas ao segurá-lo ele passou a ter convulsões.
O atestado de óbito entregue à família consta causa da morte indefinida. Segundo o irmão, o corpo de Tiago tinha marcas no pescoço e cortes na boca.
Via G1.