O avião de pequeno porte que fez pouso forçado na área rural de Caporanga, distrito de Santa Cruz do Rio Pardo, estava transportando mais de 500 quilos pasta base de cocaína e era perseguido por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB).
Para escapar do acompanhamento, o piloto fez a manobra em uma plantação de soja onde aconteceu a aterrissagem. A Polícia Federal investiga se o avião chegou a ser alvejado, mas a Polícia Civil confirmou que a queda aconteceu durante um pouso forçado.
Dois homens estariam na aeronave e conseguiram fugir em meio à plantação. Em nota, a PF só confirma por enquanto a existência do piloto no avião. Os suspeitos são procurados.
A aeronave e a droga foram levadas para a sede da PF de Marília. Após a contagem da apreensão, a PF informou que foram contabilizados 500 tabletes da droga, sendo 250 de cocaína e outros 250 de pasta base de cocaína. A pesagem final registrou 528,5 quilos de droga.
A reportagem apurou que a aeronave estava com Certificado Aeronavegabilidade (CA) suspenso. O CA é documento emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A PF de Marília informou em nota que a aeronave sobrevoava o oeste do estado de São Paulo, vindo da região fronteiriça, sendo acompanhada desde então por uma aeronave da FAB, que ordenou que o piloto efetivasse o pouso imediato em um aeroporto ou aeródromo da região.
O piloto, no entanto, não atendeu à determinação e realizou o pouso forçado na área rural, o que danificou o avião.
Sem plano de voo
A FAB confirmou a interceptação na manhã desta quarta-feira da aeronave que vinha do Paraguai e entrou no espaço aéreo brasileiro. Na operação, a FAB utilizou os caças A-29 Super Tucano.
Os radares dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) detectaram a aeronave entrando no território nacional por volta das 7h20.
Como não havia plano de voo, os caças foram acionados, segundo a FAB, “com todas as suas capacidades de emprego”.
Neste momento, os meios de defesa aérea foram acionados. A PF também foi avisada, segundo a FAB, por se tratar de uma aeronave fazendo uma rota de tráfico de drogas já conhecida.
Via G1.