A Polícia Civil de Mococa prendeu dois empresários suspeitos de praticarem maus-tratos contra uma cadela. Ela, que tinha quadro clínico de cinomose, estava sem água e sem comida nos fundos de uma empresa. O animal foi resgatado, mas não resistiu e morreu ontem (31/05).
Os homens foram enquadrados na Lei 14.064/20, que é conhecida como ‘Lei Sansão’ e não foi arbitrada fiança. A pena é de 2 a 5 anos de prisão. Eles passaram por audiência de custódia e foi estabelecida fiança de 10 salários mínimos para cada um, devendo ser paga em até 48 horas para que eles sejam soltos.
De acordo com o delegado Mauro Bacci, esta é a primeira vez que alguém é preso por maus-tratos aos animais na cidade. A presidente do Conselho Municipal do Bem-Estar Animal, Patricia Camargo, disse ao g1 que a cachorra estava na rua e começou a ser tratada por populares, no início da semana passada.
“Depois de uns três dias sendo medicada para a cinomose, ela deu uma melhorada e foi para a frente da empresa dos donos dela. Aí colocaram ela para dentro e, provavelmente, deixaram sem cuidados. Quando a Polícia Ambiental entrou na empresa, a cachorra estava jogada na terra, agonizando, sem abrigo, sem água e sem comida”, disse.
Para ela, o flagrante feito pela Polícia Ambiental e a prisão feita pela Polícia Civil é a prova de que existe consequência para quem pratica maus-tratos.