A juventude e suas crises quase transformaram Eddie Vedder em uma criança perdida – as histórias estão aí desde as primeiras letras que escreveu na carreira. O que o salvou foi justamente aquilo que o consagraria como vocalista do Pearl Jam: a música.
O cantor sobre sua adolescência problemática durante uma discussão com o diretor cinematográfico Judd Apatow, registrada no livro “Sick in the Head” – e resgatada pelo site Far Out Magazine. Durante a conversa, foi citado um álbum criado do outro lado do Oceano Atlântico, mas que parecia escrito pessoalmente para o ícone do grunge.
“‘Quadrophenia’ do The Who salvou minha vida. Foi algo que consegui captar, porque, por algum motivo, parecia que não conseguia me relacionar com ninguém no mundo. Ao menos ninguém na minha escola e certamente ninguém na minha casa, De repente, apareceu um cara de Londres chamado Pete (Townshend, guitarrista) que sabia tudo o que estava acontecendo na minha vida.”
Vedder, então, passou a traçar um panorama do que enfrentava no período em que conheceu o disco.
“Eu tinha cerca de 13, 14 anos. Todo tipo de coisa estava acontecendo comigo naquela época. Era como, digamos, uma ponte com suas estruturas cobrindo um grande e profundo abismo. E essa ponte estava prestes a desabar, você me entende? Durante todo esse período eu fiquei lá tentando me segurar. Ainda bem que a loja de discos me receitou esse medicamento, porque foi ele que me ajudou com tudo isso. Mesmo sem nenhuma resposta, era importante saber que eu não era o único que estava passando por essas coisas.”
Fonte Igor Miranda