POLÍCIA CIVIL ESCLARECE ASSASSINATO DE IDOSO EM BAURU

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A Polícia Civil de Bauru esclareceu o assassinato de um aposentado de 74 anos, ocorrido na região da Vila Falcão, no mês passado. Segundo a corporação, uma mulher de 31 anos foi presa e acabou confessando o crime.

O corpo de Antonio Claudelino de Carvalho foi encontrado no dia 13 de outubro pelo filho da vítima, no quarto da casa onde ela residia, na quadra 3 da rua Vital Brasil, com vários golpes provocados por arma branca. Avisado por vizinhos de que o portão da casa do pai estava aberto, o homem foi até lá conferir.

O cômodo estava revirado, indicando luta corporal e o idoso tinha vários ferimentos de arma branca, sendo que o laudo necroscópico constatou aproximadamente 15 perfurações pelo corpo.

Na ocasião, o filho relatou que o seu genitor costumava guardar um vultoso montante em dinheiro, fruto de sua aposentadoria, que, em um primeiro momento, não havia sido encontrado.

PASSO A PASSO
As investigações da Polícia Civil começaram e constatou-se, de início, que o dinheiro não havia sido levado do imóvel – nem a quantia que estava na carteira da vítima (cerca de R$ 200,00) e nem as economias (aproximadamente R$ 6 mil que foram encontrados no bolso de um paletó).

O filho do idoso ainda disse aos policiais que o pai tinha o costume de frequentar um bar nas proximidades. “Por lá, apuramos que a vítima havia sido vista pela última vez na tarde do dia 10 e, por volta das 15h, teria ido embora acompanhada de uma mulher, aparentemente usuária de drogas, que tinha cabelo raspado e uma tatuagem de cruz na testa”, detalha o delegado Cledson do Nascimento, da Deic.

Também foram obtidas imagens de uma câmera de segurança nas proximidades da casa de Antonio Claudelino, que mostravam, às 1h29 daquela noite, uma pessoa pulando o portão para entrar na casa do idoso. Menos de uma hora depois, a suspeita sai com outra roupa.

“Nossa equipe, então, procurou em locais de concentração de usuários de drogas e obtivemos a informação de que a autora poderia ser oriunda de Lençóis Paulista. Então, no Albergue Noturno, descobrimos que uma mulher pernoitou por lá e, em data posterior ao crime, beneficiou-se de uma passagem e foi para Lençóis Paulista”, narra o delegado, complementando que, neste momento, chegaram até a identidade da suspeita: C.R.V.S. (só as iniciais foram divulgadas pela Polícia).

As investigações ainda encontraram como obstáculo as grandes mudanças físicas da mulher, uma vez que ela não aparentava ser a pessoa registrada no banco de dados da polícia. Contudo, ao checar prisões recentes dela em Lençóis Paulista por tráfico de drogas, conseguiram imagens da suspeita com a aparência atual, incluindo a tatuagem de cruz citada por testemunhas.

PRISÃO
Foi, então, representada por sua prisão temporária, com mandado concedido pela Justiça. A ordem foi compartilhada com as polícias Civil e Militar de Lençóis, sendo que, no início da madrugada desta quinta (10), C.R.V.S. foi localizada por lá por policiais militares da 5.ª Companhia do 4.º Batalhão de Polícia Militar do Interior (4.º BPM-I).

Após passar por audiência de custódia, a mulher foi ouvida pelo delegado Cledson Nascimento. “Ela confessou com detalhes o crime, alegando que havia tomado cerveja com a vítima à tarde e o idoso a convidou para ir, posteriormente, até a sua casa para se banhar caso desejasse, sendo que ele deixaria o portão aberto”.

A suspeita alegou que, ao chegar pela madrugada, encontrou o portão trancado e, por isso, precisou pular para entrar na residência. “Disse ainda que foi recebida por ele e, após ela se banhar, o idoso teria exigido como ‘pagamento’ manterem relações. Mas, como ela não quis, acabaram se desentendendo. Ela ainda conta que o homem teria dado uma paulada em sua perna. Então, C.R.V.S. se apoderou de uma faca e golpeou várias vezes a vítima”.

A mulher contou que, em seguida, se limpou com uma toalha, trocou de roupa e deixou o imóvel. Teria, então, descartado as vestes sujas em uma lixeira e jogado a faca em um rio ao lado da favela São Manuel.

Inclusive, ela teria ficado na comunidade até o corpo ser encontrado. Depois, passou a noite no albergue e foi para Lençóis Paulista, onde foi, enfim, presa. “Após o formal interrogatório, ela foi recolhida à Cadeia de Avaí”, conclui Cledson do Nascimento.

Via JCNET.

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